Mais que lições de fé e amor a Deus, Padre Antonio Batista Vieira assumiu, numa época em que não era comum a defesa aos animais, uma luta mais difícil, a defesa de uma das espécies mais humildes e maltratadas do sertão: o jumento. Dizimado aos milhares, a voz defensora do padre ajudou a mostrar, primeiro aos nordestinos e, depois ao Brasil inteiro, a importância econômica e social deste animal. Tornou-se, então, o líder de um movimento surgido na cidade do Crato e batizado de "Trilogia do Ciclo do Jumento". Ao lado de Luiz Gonzaga, José Clementino e Patativa do Assaré, Padre Vieira usou a musica, a poesia, e a literatura na defesa do jegue nosso de todo dia.
Você meu caro Jumento,
Foi quem teve a grande sorte
O grande merecimento,
De servir como transporte
Na noite desta fugida
Defendendo a santa vida
De Cristo Nosso Senhor
Até no livro sagrado
Seu nome está carimbado
Mas, ninguém te dá valor
Patativa.
Nota: O Padre Antonio Vieira, em 1968, participou do que ficou conhecido como “Trilogia do Ciclo do Jumento”, um movimento em defesa do animal.
Esse movimento iniciado no Crato rendeu bons frutos. A musica do José Clementino, a poesia do Patativa e a voz de Luiz Gonzaga disseminaram a ideia que tiveram em defesa do animal.
ResponderExcluirDe passagem pelo Crato Luiz Gonzaga viu um sujeito chicoteando um jumento que arrastava uma carroça. Desceu do carro e disse: você vai me vender esse jumentinho. O sujeito respondeu: não é pra vender. Luis soltou o jumento da carroça e encerrou a conversa dizendo: esse eu vou comprar, diga quanto é, nesse você não bate mais.
Pagou o jumento e mandou deixar em seu sitio no Exu.