VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

003 - Padre Antonio Batista Vieira.

Mais que lições de fé e amor a Deus, Padre Antonio Batista Vieira assumiu, numa época em que não era comum a defesa aos animais, uma luta mais difícil, a defesa  de uma das espécies mais humildes e maltratadas do sertão: o jumento. Dizimado aos milhares, a voz defensora do padre ajudou a mostrar, primeiro aos nordestinos e, depois ao Brasil inteiro, a importância  econômica e social deste animal. Tornou-se, então, o líder de um movimento surgido na cidade do Crato e batizado de "Trilogia do Ciclo do Jumento". Ao lado de Luiz Gonzaga, José Clementino e Patativa do Assaré, Padre Vieira usou a musica, a poesia, e a literatura na defesa do jegue nosso de todo dia.

Você meu caro Jumento,
Foi quem teve a grande sorte
O grande merecimento,
De servir como transporte
Na noite desta fugida
Defendendo a santa vida
De Cristo Nosso Senhor
Até no livro sagrado
Seu nome está carimbado
Mas, ninguém te dá valor

Patativa.

Nota: O Padre Antonio Vieira, em 1968, participou do que ficou conhecido como “Trilogia do Ciclo do Jumento”, um movimento em defesa do animal.

Um comentário:

  1. Esse movimento iniciado no Crato rendeu bons frutos. A musica do José Clementino, a poesia do Patativa e a voz de Luiz Gonzaga disseminaram a ideia que tiveram em defesa do animal.

    De passagem pelo Crato Luiz Gonzaga viu um sujeito chicoteando um jumento que arrastava uma carroça. Desceu do carro e disse: você vai me vender esse jumentinho. O sujeito respondeu: não é pra vender. Luis soltou o jumento da carroça e encerrou a conversa dizendo: esse eu vou comprar, diga quanto é, nesse você não bate mais.

    Pagou o jumento e mandou deixar em seu sitio no Exu.

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