Dedicado aos netos de Jose Bitu - Feitosinha e Jose Bitu Moreno.
Mundim do Sapo e José Bitu Filho eram primos e cunhados. Mundim era casado com Ana Bitu irmã de José Bitu Filho. Ambos possuiam fazendas nos Inhamuns. Certa vez, retornavam para Várzea-Alegre, em lombo de animais e aconteceu a proeza que se segue:
José Bitu era muito cordato, conselheiro, amigo, nada de valentia com ele. Muitos o chamavam de medroso, na verdade era homem de muita paz. Na volta, entre os municípios de Aiuaba e Saboeiro foram acompanhados por um sujeito mal encarado, indumentária de aluno da escola de Lampião, chapéu de couro quebrado na testa, com quatro estrelas a mais do que tinha o de Virgulino, revolver 38 por fora da roupa, montado numa burra muito troteira e arisca.
Vez por outra a burra se assustava com alguma coisa e o homem falava: eu não sei onde estou que não dou um tiro na nuca dessa burra. Numa bodega, dessas de beira da estrada, que tem uma garrafa de pinga como chamariz pendurada na alpendrada, o homem os convidou para uma bebida. Os amigos agradeceram e seguiram viagem. Quando já estavam com um km de distancia José Bitu olhou para traz e não vendo ninguém, virou-se para Mundim do Sapo e disse: “Valentim”!
Daí por diante a burra de José Bitu comeu fogo, tirou num galope até o Sanharol, tamanho era o medo de ser alcançado.