Lançamento do livro Zé Clementino será no próximo dia 15 na Paraíba e no período da festa de São Raimundo no Barracão Cultural em Várzea Alegre
No dia 15 deste mês, a partir das 18h30, ocorrerá o lançamento do livro Zé Clementino: O "matuto" que devolveu o trono ao Rei, de autoria de Jurani O. Clementino. O evento, que tem entrada franca, ocorrerá no Café e Poesia do Museu Assis Chateaubriand (MAC/UEPB) e contará com uma apresentação da obra e do autor, feita pelo coordenador de Arte e Cultura do Centro Artístico-Culturalda UEPB, Sérgio Simplício. O autor é colunista do PARAIBAONLINE.
O livro é mais uma publicação saída através do Selo Latus, criado em maio do ano passado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), com o propósito de publicar produções artísticas e culturais, além de uma gama de produtos de cunho mais literário, a exemplo de crônicas e poesias, romances e cordéis, entre outros. "Agradeço muito a esse apoio da Editora, foi fundamental para a publicação", ressaltou o autor.
A obra é resultado da grande admiração do autor, Jurani O. Clementino pelo primodistante, o compositor Zé Clementino. Autor de grandes sucessos interpretados por Luiz Gonzaga, Zé Clementino pode ser considerado como um sensível cronistada vida do Nordeste. Compôs clássicos como "Xote dos cabeludos", "Sou do banco", "Capim novo" e "O jumento é nosso irmão". A imaginação criativa do poeta produziu versos matutos que retratavam o dia a dia do homem nordestino.
"Mesmo não mantendo um contato permanente com ele, acompanhava-o de longe. E sempre que surgia uma oportunidade, comentava sobre a existência desse primo compositor que havia selado uma parceria com Luiz Gonzaga", explicou.
De acordo com Jurani, "Xote dos cabeludos" uma das músicas mais famosas interpretadas pelo Rei do Baião, é uma bem humorada crítica à estética hippie que conquistava a juventude de todo o mundo. "No verão de 1968, tornou-se uma das músicas mais executadas do país, trazendo o rei de volta a mídia e despertando o interesse de novas gerações pelo riquíssimo acervo musical do artista. Já O jumento é nosso irmãofaz referência ao padre Antonio Vieira, não o dos Sermões, mas o homônimo do interior cearense, escritor nascido em Várzea Alegre, que denunciou o descaso a esses animais em seu livro O Jumento, Nosso Irmão, de 1964”, explanou.
Mais sobre a obra e o autor
Muito se fala sobre os intérpretes da Música Popular Brasileira (MPB). Filmes, documentários, livros e pesquisas acadêmicas apresentam essas figuras mitológicas, quase sempre como heróis solitários. Aos compositores, parceiros desses artistas consagrados, é reservado o lugar do ostracismo, do anonimato e do esquecimento.
"A ideia de produzir esse livro se deu pela necessidade de fazer justiça a um, dos vários compositores de Luiz Gonzaga. Apresentamos aqui um Zé Clementino que é resultado das várias impressões, diversos olhares e pontos de vista.
A intenção é reavivar a memória, reafirmar e difundir o talento desse importante compositor, ainda desconhecido de muitos", destacou. A obra já está disponível na livraria da EDUEPB, localizada no hall de entrada do Prédio da Administração da Universidade, Campus de Bodocongó, em Campina Grande.
No dia 24 deste mês, às 20h30, o livro será lançado na cidade de Várzea Alegre (CE), no espaço Barracão Cultural, inserido na programação da festa do padroeiro São Raimundo. Em setembro, a obra poderá ser encontrada na Semana de Publicidade do Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos (CESREI), em Campina.
Jurani O. Clementino é jornalista, especialista em Comunicação e Educação, mestre em Desenvolvimento Regional, professor universitário e cronista. Atualmente, faz doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O autor, que estreia com esse livro, tenciona lançar outros títulos e já conta com dois projetos engatilhados, sendo um de poesia e outro de crônicas e contos.
Serviço
Lançamento do livro: Zé Clementino: O "matuto" que devolveu o trono ao Rei, de autoria de Jurani O. Clementino
Data: 15/08
Hora: 18h30
Local: Café e Poesia do Museu Assis Chateaubriand (MAC/UEPB)
Entrada: Gratuita.