Poema recitado por Carlos Maurício por ocasião da abertura do Barracão da Cultura
É
grande a minha alegria
Aqui
nesse Barracão,
Peço
do público atenção
Para
a minha poesia.
Uma
coisa que eu queria
Que
vale a pena lembrar,
É
que aqui nesse lugar
Já
esteve um irmão meu.
Que
era bem melhor que eu
Na
arte de recitar.
Estou
nesse Barracão
Me
achando embaraçado,
Porque
sinto do meu lado
A
imagem do meu irmão.
É
grande a minha emoção
Por
está nesse lugar,
Onde
posso me lembrar
Daquele
que está em alta.
Mas
que tá fazendo falta
Na
cultura popular.
Eu
nunca me imaginei
Fazendo
essa homenagem,
Onde
demandou coragem
Que
não sei onde encontrei.
Mas
agora aqui eu sei
Olhando
essa multidão,
Como
é grande a gratidão
Estampada
em cada rosto.
Recebo
com muito gosto
Essa
manifestação.
A
cultura anda sofrida
Desde
que Souza partiu,
Mas
o céu adquiriu
Uma
nova alternativa
Pra
somar com Patativa,
Bidim
e Zé Clementino.
Zé
que compôs nosso hino
E
soma nos feitos seus,
Hoje
compondo pra Deus
O
santo hino divino.
A
cultura é relevante
Para
o bem de uma cidade,
A
emoção me invade
Nesse
trabalho importante.
Num
passado, não distante
Souza
era pro sertão,
Como
a casa é pro botão
E a
cabeça é pro chapeu.
Hoje
rima lá no céu
Relembrando
o seu torrão.
Souza
ganhou a missão
De
cerimonialista,
Pra
receber o artista
Que
vai daqui do sertão.
Cuida
da recepção
Junto
com Luís Davi,
E
quem chega vê alí
Luís
e Souza Sobrinho
Recebendo
com carinho
O
músico que vai daqui.
Dominguinho
foi chegando
Com
a sanfona de lado,
São
Pedro tava ocupado
Deixou
o músico esperando.
Dominguinho
alí tocando
Sem
querer aparecer,
Mas
um anjo foi dizer
Que
barraram Dominguinho.
Chamaram
Souza Sobrinho
E
Souza foi receber.
Quando
entrou o Dominguinho
O
Souza estava na frente,
O
músico disse: - Ôxente!
E é
o Souza Sobrinho?
Me
diga aqui bem baixinho
Onde
é que tem um salão?
Pra
nós tocar um baião
Para
o padre Antônio Vieira.
Que
a que vou tocar primeira
É o
Jumento Nosso Irmão.
É um
crime desprezar
A
cultura desse povo,
Precisa
um projeto novo
Pra
manter e conservar.
O
bom mesmo é divulgar
Nos
quatro cantos do mundo,
Com
sentimento profundo
Os
costumes culturais.
E
não esquecer jamais
Da
terra de São Raimundo.
A
quem me deu atenção
Eu
me sinto comovido
E
termino agradecido
Do
fundo do coração.
Cumpri
a minha missão
Paguei
o preço cobrado
E
agora me sinto honrado.
Para
esse público presente
Que
me escutou paciente
Eu
digo: - Muito obrigado.
Carlos
Maurício.
Valeu Carlos, o barracão Cultural está lindo
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