VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Vale a pena ver de novo - Memória Varzealegrense

Vale a pena ver de novo - Por Mundim do vale


EU  SOU  O  ZORRO,  PAI

Dedicado a Edmilson Martins.

Antônio de Jorge Taveira, de tanto assistir filme de Tarzan e Zorro no Cine  Odeon,  inventou de ser artista de filme. Primeiro amarrou uma  imbira  de salsa na galha de  um  juazeiro  e falou para seu irmão Nonato que brincava de bila embaixo da árvore:
- Sarreda do mei Chita. Qui eu vou avuá nesse cipó!
Agarrou-se   na   imbira,  deu  o  grito  de   Tarzan  e  voou.  A  imbira arrebentou e ele caiu logo por cima de Chita.
Como  o  filme  de  Tarzan  não  deu  certo, ele  resolveu interpretar o Zorro. Arranjou um talo de carnaúba para ser o cavalo, vestiu  um vestido preto da mãe, fez uma máscara  de  uma meia, pegou  o  espeto  da  cozinha  e  saiu fazendo a marca do Zorro  em  tudo quanto  era  lugar. Primeiro acabou com as bananeiras de Seu Jorge, depois  foi  o guarda roupa, em seguida o colchão da cama. Tudo que tinha perto de casa tava destruído com a marca do Zorro.
O  filme  só  terminou  quando  ele  fez o  “Z” nas costas do seu irmão Chagas.
Seu  Jorge  deu  de  garra  de um  cinto  deixando  a fivela na ponta e chamou Antônio:
- Antônio venha cá!  Você  já  destruiu  tudo  dentro  de  casa e agora quase mata o seu irmão. Não vai mais dá certo essa brincadeira não!
Antônio empunhou o espeto, encarou o pai e disse:
- Num venha não pai. Qui eu sou o Zorro!
- Apois  eu  sou  o  Sargento Garcia! – Dizendo  isso  o  Sargento deu umas quatro lapadas no lombo do Zorro, que  foi  cavalo  para um lado, espada Para outro e a capa do Zorro virou molambo.
A  mãe  preparou  uma  água  com  sal  e ficou passando nas marcas que a fivela deixou no lombo do Zorro.
Naquele  momento  chegou  Pedrinho de Hermínia que morava vizinho. Vendo as marcas, perguntou:
- Qui diabeisso Ontõe? Tu tava carregando potassa?
- Não ome! Isso foi umas ramas de feijão verde.
- Pera Ontõe!  Adonde  foi  qui  tu foi arrumar rama de feijão verde im oitubro?          
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