VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

011 - Dalmir Freitas - Histórias de Varzealegrense

Quando nós fomos embora de Várzea Alegre para cidade do Crato, a feira de nossa terra era no sábado e a do Crato na segunda, eu tenho um irmão que ele dizia,"mamãe o sábado daqui é na segunda" e a gente se divertia muito com essa afirmação.

Uma das lembranças mais forte que eu tenho da minha terra é o dia da feira, o"SÁBADO" dia da semana que fazia de Várzea Alegre uma cidade mais movimentada do que já era normalmente.

Ao entrar no mercado logo pela manhã você já notava o movimento maior do açougue, toda fruta tropical, todo tipo de jogo lá você encontrava e um moinho de sal de Alexandre cabeleira, e bancas vendendo refeições, bolos, doces e produtos da terra completavam as atrações de interior do mercado público.

Os comércios, e cafés restaurantes, existentes ao redor do mercado e demais localidades, aos sábados pareciam dias de festas, pois a feira de Várzea Alegre era uma festa.

Bom, tinha a parte mais divertida da feira a visita dos parentes na casa da gente, avós, tios, primos, que moravam na zona rural e quando vinham a feira sempre achavam um jeitinho de nos visitar, era sensação muito boa.

Agora a feira mesmo onde quase todo mundo comprava quase tudo, era na parte em frente do mercado público em frente onde era João Teixeira, tinha a feira de cereais, da rapadura, das louças e principalmente a feira de mangai, era movimentadíssimo.

Na medida que o dia ia passando tinha uns feirantes que adoravam tomar uns drinks e aquela parte que tinha a sinucas de Zé de Zuza, o bilhar de João Francisco e o bar de Negro de Aninha, André, e outros, principalmente no bar do Aninha sempre mais na parte da tarde, quando não era Chico de Amadeu, Pedro Souza, Matias, era Bié, J úlio Xavier ou mestre Chagas, eu nunca sair de perto só quando eles guardavam a sanfona ou o sax, pense aí, ao vivo e a cores.

Quando a feira e a festa de agosto eram no mesmo dia, você não sabia o que era melhor, a feira da festa ou a festa da feira, eu tenho saudades.

O CINE ODEON, aos sábados também entrava no ar na parte da tarde,principalmente nas férias e na festa de agosto e eu adorava aquela poluição sonora da época,"CINE ODEON, NOSSOS MÚSICOS AO VIVO, CAMELÔS DA FEIRA" era uma poluição romântica.

A gente adorava tudo isto.
Dalmir.

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