PROMETEU MAS NUNCA DEU - MUNDIM DO VALE
Dona
Maria Mota, casada com o Sr. Alberto, mãe de José,
Levi e Francisca
(
Chichica ) Vivia em
Várzea Alegre rua acima rua abaixo, com um saco de pedras
dizendo ser de cristais. Certa vez ela estava expondo as suas pedras preciosas
na calçada do Cine Odeon, onde dizia que uma delas era a Pefra de Clareanã. O
Sr. Luís Proto perguntou se ela queria
falar no microfone. Sá Maria como era
chamada aceitou e começou um discurso
nesses termos:
-
Atenção! Muita atenção! Povo de Várzea Alegre. Eu queria nesse momento
reconhecer a acolhida que foi dada a mim e a minha família, pelo povo bom dessa
cidade.
-
Em primeiro lugar eu quero aqui agradecer a Seu Luís Proto, que me deu essa
oportunidade de falar na radiadora do
Cine Odeon.
-
Quero agradecer também ao coronel Dirceu que empregou meu filho José no
armazém.
-
A Seu Antônio Costa eu muito agradeço,
por ele ter dado um jegue de presente ao meu filho Leví, para carregar água da
lavanderia.
-
Dona Adelina eu agradeço por ela ter curado minha filha Francisca das
lombrigas.
-
Agradeço a Dona Dosa, porque ela ensinou o catecismo a José meu filho.
Até
aqui Sá Maria ia muito bem, mas depois daqui ela desandou:
-
Quero agradecer também a Dom João VI, que deu o título de Conde do Gravié ao meu
marido Alberto.
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Também agradeço muito a Dom Pedro I, que me deu o título de Condessa.
-
A Dom Pedro II, meus sinceros agradecimentos pelo título de
princesa da
Charneca
que deu para Francisca minha filha.
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Agradeço também a meu Padim Ciço, que sempre protegeu a minha família real.
-
E para finalizar eu gostaria de agradecer também a Dona Mirtes, por todas as
coisas que me prometeu, mas esqueceu de dá.
Fonte: Dalmir Batista Freitas.