VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

030 - Do Tempo do Bumba - Memória Varzealegrense

POUCO  ENTERRO. QUE  VAI  TER  AMANHÃ!

No ano de 1967, foi marcado um jogo da seleção de Várzea Alegre-Ce com a do Canindezinho. No domingo Zé de Totô estacionou seu caminhãozinho na praça e mandou avisar ao pessoal que ia levar e trazer todo mundo de graça. Vocês sabem que de graça o povo pega até ônibus errado. Em puco tempo o carro estava lotado.
Os passageiros eram: Zé de Totô que era o motorista, eu, Manoel Marinheiro, Antônio e Raimundo de Chico negão, Chico de João de Martins e um grupo de sapateiros, onde tinha um galeguinho que era ligado as famílias do Inhamuns. No canto da carroceria eu contei oita garrafas de cachaça.
A viajem seguia em paz, mas quando chegou numa ladeira, o carro enguiou e ficou querendo descer. Os passageiros ficaram em polvorosa e alguns deles começaram a pular. Manoel Marinheiro foi um que pulou por cima de um pé de unha-de-gato e foi parar depois da cerca que separava a estrada da roça.
Chico de João de Martins entendendo que era uma briga, bateu mão de uma faca e ficou ameaçando todo mundo. Chegou perto do galeguinho com a faca na mão e perguntou:
- Tu num vai correr não? Vela branca?
- O galeguinho pegou no cabo de uma faquinha de cortar sola e respondeu:
- Vou não. Truvão preto! Se é prumode morrer, nóis morre inganchado e ramo pru inferno junto.
Naquele momento alguns passageiros que ainda estavam no carro foram tratando de pular.
Eu passei da grade para o estribo e escutei quando Zé de Totô disse:

POUCO ENTERRO. QUE  VAI  TER  AMANHÃ!
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