Lamparina - Usava-se com querosene |
Lembranças de minha infância! - Cleiton Fiúza de Menezes
Entre as muitas lembranças boas da minha de infância, estão as noites passadas no sitio do meu avô Luiz Fiuza... a energia elétrica ainda não havia chegado lá naquela época e, ao final da tarde, todos os netos já haviam descido para tomar banho no cacimbão e estavam preparando-se para jantar, antes que a luz do sol nos abandonasse completamente.
Depois que escurecia, minha avó começava a acender as lamparinas (um artefato como esse da foto, para quem não chegou a conhecê-las) e distribuí-las em locais estratégicos da casa... como eu era pequeno, tinha uma lamparina menor para mim.
Íamos para a calçada da frente, geralmente bem iluminada pela lua e estrelas devido a escassez de nuvens no sertão nordestino, e eu deitava com a cabeça no colo da minha avó para ouvir algumas de suas incríveis histórias da "dona carochinha", uma senhora que sempre voltava das festas dos contos de fada com um pote de doce na cabeça, mas escorregava, caía e derramava tudo no chão.
Depois das 20h, minha avó já começava a acomodar cada um em sua rede e apagar as lamparinas, uma a uma, até que só restasse uma, que serviria de guia para quem precisasse levantar durante a noite.
Tempo bom demais... lembranças bem guardadas em um lugar muito especial do coração!
Saudades dos meus avós e dos primos que cresceram comigo, cercados de lamparinas aos finais de semana, na casa do do meu avô Luiz Fiúza no Sítio Serrote......