VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sábado, 10 de agosto de 2013

CAUSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.

TÁ  ÀS  ORDENS.

Trío Maravilha, foi o apelido certo que Punduru encontrou para colocar nos nossos conterrâneos Fúlvio Rolim, Régis Teixeira e Elano Sátiro. Oe três só andavam juntos. Era um por todos e todos por um.
Dos três o que tinha melhor situação finaceira era Fúlvio. Ele possuia uma bicicleta Monark e um carneiro impestado de carrapichos. Um certo dia Fúlvio vendeu a bicicleta e o carneiro e com o dinheiro apurado comprou um Fiat uno de cor vermelha.
Hudson Batista assim que viu o carro batizou logo de Trovão Vermelho.

CONDIÇÕS  TÉCNICA  DO  VEÍCULO:
. O freio era precário e não tinha buzina quando trafegavam numa rua de muito movimento de pedestres, Régis gritava:
- Arreeeeda. Mói de chifre!
Elano sátiro para auxiliar na buzina dava umas pancadas na lateral do carro.
. O tanque de combustível, da metade pra cima era só ferrujem porque a gasolina nunca chegou até lá. Teve uma vez que Fúlvio arrancou dois pés de feijão que nasceu lá.
. Só trafegavam de dia porque os faróis e as lanternas não acendiam. Segundo Hudson Batista a única lâmpada que vivia acesa era aquela de alerta do combustível, porque nos cinco anos que Fúlvio passou com o Trovão Vermelho, a lâmpada nunca apagou-se.

DOCUMENTAÇÃO  DO  VEÍCULO:
. O único documento que o carro possuia era um recibo de venda feito em papel de caderno e assinado por Gustavo Correia.

DOCUMENTAÇÃO  DO  CONDUTOR:
. O documento que Fulvio tinha era uma xerox do registro civil tirado no cartório de Zé Guedes no São. Caetano.

Uma vez o trío resolveu passear e foi feito uma vaquinha para abastecer o carro que rendeu três cruzados novos. Seguiram para o posto mas quando faltava 500 metros a gasolina acabou. Fúlvio mandou Elano chamar um dos frentistas para ajudar a empurrar o carro até o posto. Na chegada da bomba o condutor botou a mão no bolso e falou para o frentista que já tinha empurrado o carro:
- Bote três cruzados novos.
O frentista patinava na geléia, mas também era gozador, meteu a mão no bolso e falou:
- Eu vou botar dois cruzados do meu para completar cinco, que eu não tou apariado a empurrar mais carro de liso não.
Terminado o abastecimento o frentista entregou a chave e perguntou com ironia:
- Vão viajar?
Régis respondeu o insulto.
- Porque você não vai tomar no caneco?
A bichinha botou as mãos nos quartos, deu duas volta no corpo sem tirar os pés do chão e respo0ndeu:
- Há, meu filho. Dá eu não dou não, porque não quero ficar sem ele. Mas se quiser emprestado, TÁ ÀS ORDENS.
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