VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pérolas de Joaquim Piau - Memória Varzealegrense

POESIA DE JOAQUIM PIAU - Por Mundim do Vale


MOTE

Já fui querido e amado
Como cravo no craveiro
Hoje vivo desprezado
Como cisco no terreiro

Já fui menino e rapaz
Desfrutei a mocidade
Fiz coisas naquela idade
Que hoje não faço mais
Aqui uns anos atrás
Já fui cabra esbagaçado
Já fui vadio, fui sambado
Já namorei quanto quis
Já amei já fui feliz
Já fui querido e amado

Na zona onde eu brincava
Pra tocar eu fui um bamba
Quando eu chegava no samba
O tocador se calava
O meu nome ali vibrava
Desde a cozinha ao terreiro
Meu lugar era o primeiro
E todos me rodiavam
As moças me admiravam
Como cravo no craveiro

Quando eu caí na idade
Fui logo considerando
Que devia ir deixando
As coisas da mocidade
Namoro, samba, vaidade
Tudo isso eu pus de lado
Eu fui ficando encostado
Até que o mundo me deixou
Nunca mais me procurou
Hoje eu vivo desprezado.

De viver já estou cansado
Pois não tenho mais futuro
Meu presente é obscuro
E só me resta o passado
Tempo velho, idolatrado
Feliz, risonho e fagueiro
Que passou muito ligeiro
Não volta mais e portanto
Eu considero ele tanto
Como cisco no terreiro.
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