VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Lembrando Raimundo Bitu - Memória Varzealegrense

Lembrando Raimundo Bitu, Padim do Sanharol.

No Sanharol todos conheceram a família de Raimundo Félix, o conhecido Mute Félix. Agricultor, aplicador de injeção, barbeiro amigo e bom. Filho de Vicente Félix e Isabel de seu Zezinho. Casado com Mariquinha da familia "Vilante" da Serra do Quinkunkar. 

O casal teve quatro filhos, Antonieta, Liduína, Basílio e Benedito. 

Liduína era esquisita, muito encabulada e, carregava um trauma de nascença: Não namorava com medo de casar e ter filhos. Segundo informações de terceiros, ela tinha pavor da dor do parto, a dor de ter menino. Por essa razão nunca namorou ninguém.

Um dia, teve uma queda de asa por um rapaz, mas, antes de aceitar a proposta de namoro procurou se informar direitinho a respeito de suas duvidas e medos. 

Então, resolveu ir a casa de Raimundo Bitu tomar as informações que precisava com sua madrinha. Cotinha não se encontrava em casa no momento. Como Liduína estava decidida, e, tinha muita pressa pela informação, resolveu perguntar a Raimundo Bitu. Veja só o dialogo entre os dois:

Liduina: Meu Padim, eu vi fazer uma "pregunta" a minha madrinha Cotinha, ela não está, eu posso "preguntar" a Padim?

Raimundo Bitu: Pode, se eu souber, lhe respondo.

Liduina: É que eu tenho um medo danado de me casar, prumode que escuto dizer que a dor pra ter menino é grande demais, Padim sabe dizer se é divera?

Raimundo Bitu: Essa informação eu não sei lhe dar, é obvio que não sei.

Liduina: Mas, Padim num faz nem uma ideia?

Raimundo Bitu: Ideia eu faço, eu acho que ter um menino, é mais ou menos, como "cagar um tijolo de adobro da Igreja do São Caetano".

Liduina botou as duas mãos na cintura, deu uma rebolada, pensou um pouco, e, partiu pra casa, sem antes de dizer: Égua, o diabo é quem quer!
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