VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

020 - Do Tempo do Bumba - Memória Varzealegrense

O  VENTO  DO  ARACATÍ.

Houve um tempo na cidade de Várzea Alegre Ceará, Que todas às noites, ficava um grupo de pessoas na Praça dos Motoristas, para esperar a pasagem do vento do Aracatí.
Numa dessas noites, eu estava com Carlito Cassundé, Galego de Pedro Gualberto, Gerônino Bilé, Taveirinha e Zé de Totô. Uns contavam piadas e outros falavam da vida alheia, até chegar a hora da gostosa brisa passar.
De repente chegou o chapeado Chico Danga, tombando mais do que carneiro que come salsa. Chico aprximou-se do grupo e começou a puchar conversa.
Gerônimo não gostou daquela companhia e reclamou:
- Ei Chico! Pode pegar o beco, que nós estamos tratando de um assunto sério e você está atrapalhando.
Chico reagiu dizendo:
- Eu num sai não. A praça num é sua, é do prefeito. Pruque qui eu tombém num posso isperar o Aracatí passar? Dizendo aquilo ele afastou-se uns seis metros e deitou-se num banco onde começou a roncar.
Gerônimo não gostou daquela situação e falou para Taveirinha:
- Taveira. Vá botar um mosquito nos pés de Chico Danga pra ver se ele vaza daqui.
Taveirinha pegou um pedaço de jornal, fez canudo, colocou entre os dedos dos pés de Chico e tocou fogo. Quando o fogo chegou nos pés, Chico só fez passar a mão e dizer:
- Eita meruanha da molesta! Nim Rajalegue as muriçoca parece qui tem é fogo no ferrão.
Deitou-se de bunda pra cima e continuou roncando e peidando.
Gerônimo mais aborrecido ainda, falou para Taveirinha:
- Arre égua Taveirinha! Você não sabe nem  botar um bêbado chato pra vazar. Pois eu vou curar a bicheira dele e eu garanto como ele pega o beco.
Gerônimo saiu com muita cautela, assim como quem procura pinico no escuro e deu uma dedada no caneco de Chico. Chico pulou dentro do jardim e foi logo gritando:
- Eu sei quem foi. Foi tu Geromo, mais tombém tem uma coisa. Quando eu for lá no Coité se Luíza pidir a eu pra trazer o moim dela prumode João Alve ajeitar, eu tombém num trago.
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