O SUMIÇO DOS POETAS
Poeta some ligeiro
Como pente de motel,
Onde anda o Israel?
Ninguém sabe o seu roteiro.
Cadê o Sávio Pinheiro?
Que nunca mas deu as caras
Tão virando coisas raras
Quem tá dizendo é Mundim.
E o poeta Joaquim
Caçando preá nas varas.
Até o primo Morais
Nunca mais apareceu,
E Gilberto de Zaqueu
Parece que não quer mais.
João Bitu tem ideais
Para outra atividade,
Claud tem capacidade
Mas só vive viajando.
Luís Lisboa é lembrando
Várzea Alegre com saudade.
Cláudio Souza tá ferrado
Nunca mais fez um repente,
Tá igual adolescente
Quando tá apaixonado.
Meu São Bernardo obrigado
É só a rima que faz,
Aquele pobre rapaz
Vive paixão galopante.
Vai terminar no calmante
Se a paulista der pra traz.