VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

VERSOS LÁ DE NÓS - Por Mundim do Vale.


MINHA  TERRA,  MEUS  CONTRASTES.


Ser do Vale do Machado
É aceitar os contrastes,
Carregando os estandartes
Da cultura do passado.
Tomar banho no Machado
Saber que um músico é Pelé,
Fazer de mastrus café
E dizer que admirava
O show que apresentava
Geraldo de Zé Teté.

Dizer que nunca tem fim
Que o contraste não some,
Que um jegue morreu de fome
Lá na rua do capim.
Confirmar e dizer sim
Sem ter medo de fofoca,
Pois gente que não se toca
Não sabe a nota do tom.
De saber que Baygon
Andava com Muriçoca.

Pode dizer que Osmundo
Morreu e enviveceu,
Que a diocese benzeu
São Braz pra ser São Raimundo.
Que o lugar melhor do mundo
É nossa Várzea festeira,
Que o contraste é brincadeira
Degente desocupada,
Que diz que Telha Quebrada
É filho de Zé Goteira.

Que houve força isolada
Pra fazer revolução,
Mas não morreu, um irmão
Que a força era desarmada.
Bateram em retirada
Com destino ao Juazeiro
E o Comandante Romeiro
Dizia: - Fui derrotado.
O Padre lá é casado
E o Calango é carcereiro.

Eu tou falando a verdade
Esse nó ninguém desata,
Era o Rabo da Gata
O acesso da cidade.
O Beco da Liberdade
Terminava na cadeia.
Roldão plantava de meia
Mas o feijão, não partia.
Pra tirar leite saia
No pingo do meio dia.

Quando o gelo incendiou
Alguém disse: -  Eita perigo!
Mas eu  tenho cá comigo
Que foi gente que ateou.
Talvez ele só pegou
Porque o diabo é que quer,
Tudo que o cão fizer
A coisa logo aparece.
Acho que isso acontece
Onde o juiz é mulher.

Tudo que digo garanto,
Motorista lá é Praça,
E Jesus bibia cachaça
Na bodega de um Santo.
Boris vivia no Canto
Sem ser canto de terreiro,
Sumido feito o cruzeiro
Que também era isolado.
O Peru foi delegado
E o Brasil foi ferreiro.

Lá se ver em cada esquina
Nossa fé e devoção,
A fogueira de São João
Já foi acesa em piscina.
O fiel tem disciplina
Como fez um certo Zé,
Demonstrou a sua fé
Com precisão e peleja.
* Seis e meia na igreja
E às oito no Cabaré.

Parte de um verso do poeta Bidim.


3 comentários:

  1. Mundim do Vale

    Já passei por todas as configurações do Blog nada impede a comentários de qualquer leitor.

    Apenas nas postagens dos anos de 2009 e 2010 não tem o espaço para comentários em algumas das postagens.

    De 2011, 2012 e 2013 qualquer leitor pode comentar.

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  2. Olá, amigos do Memória Varzealegrense, passei por aqui para comprovar... Pois eu nem tinha acesso para ler!
    Um abraço.

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