MADALENA ARREPENDIDA.
Madalena
Conceição
Filha
de Zé Gabriel,
Casou-se
com Damião
Usando
Grinalda e veu,
Mas rompeu
a união
Depois
da lua de mel.
Damião
não entendia
O
motivo da fugida,
Porque
Madalena havia
Partido
da sua vida,
Até
que um belo dia
Ela
chega arrependida.
Chegou
dizendo: - Paixão!
Eu
não sei porque fiz isso,
Se
não foi expiação
Garanto
que foi feitiço,
Me
perdoe meu Damião
Por
amor a Padim Ciço.
Damião
com raiva disse:
-
Deixe Padim Ciço fora!
Você
fez sua burrice
E
pede por ele agora,
Se o
Santo padre ouvisse
Mandava
você embora.
No
dia da casamento
Você
se ajoelhou,
Nós
fizemos o juramento
E o
padre abençoou,
Mas
você com fingimento
Logo
depois me deixou.
A
gente estava casado
Casado
o nome já diz,
É
como um nó apertado
Pra
viver sempre feliz,
Se a
gente está separado
Foi
você mesmo quem quiz.
Você
fugiu com um mês
Depois
do padre benzer,
Não
pegou nem gravidez
Para
um filho nascer,
O
erro que você fez
Você
tem que responder.
Você
prometeu viver
Seguindo
no meu caminho,
Depois
fugiu sem dizer
Agora
quer meu carinho,
Mas
se eu nascí pra sofrer
Prefiro
sofrer sozinho.
Você
sumiu sem razão
Como
isopor na braza,
Agore
pede perdão
Mas
seu pedido me atraza,
Minha
casa é de botão
Só
cabe um botão em casa.
Eu
sei que a verdade é crua
Mas
é esse o seu caminho,
Você
perdeu-se na rua,
Tem
na rua o seu destino,
Só
vou sentir sua falta
Se
for pra fazer menino.
Você
não pode esquecer
Que
abandonou esse lar,
Eu
não consigo entender
Porque
hoje quer voltar,
Se
um é pouco pra viver
Dois
é muito pra brigar.
Sei
que você não entende
A
desfeita que me faz,
Sua
volta não atende
O
sofrimento de traz,
E o
meu fogo não acende
O
seu cachimbo da paz.
Você
me deixou na mão
Hoje
volta arrependida,
Veja
que tenho razão
Para
não lhe dar guarida,
Eu
não tenho vocação
De amparar
mulher perdida.
Você
que baixou o nível
Pode
ficar na certeza,
Que
seu ato desprezível
Me
causou muita tristeza,
Pois
eu sou compreensível
Mas não
sou Madre Tereza.
Mundim do Vale.