VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sexta-feira, 22 de março de 2013

022 - Nossas Historias - Memoria varzealegrense


Quem é do Sanharol já ouviu falar no Sitio Garrote. Dizia o meu pai que a festa de Nossa Senhora da Paz do sitio Garrote era festejada igual a de São Raimundo Nonato na sede urbana do município. O sitio pertencia a Pedro Alves de Morais, Pedrinho do Sanharol, meu bisavô. Moravam no local Mariana de Morais Rego irmã e sogra do Pedrinho e mais algumas famílias agregadas. No lugar só existem hoje os pés de cajarana e alguns resquícios de torrões, cacos de telhas e nada mais. 

Um dos filhos de papai Raimundo, que não vou revelar o nome, para evitar pendengas, teve um chamego com uma filha de um morador. Entre as promessas de conquistas estava um presente de um garrote. Quando a chama do romance se apagou, pouca gente havia tomado conhecimento do caso.

O cidadão tinha em sua residência, pendurado na alpendrada da casa, uma cabaça cortada um pouco acima do meio. Utensílio que há época se denominava cumbuca. Guardava, na mesma, objetos como ferramentas, grampos de cerca, pregos etc.

Um dia a esposa foi procurar um prego para colocar um santo na parede e deu conta de um bilhete dizendo: Me pague o garrote que você me prometeu! Quando o velho sentou na mesa para almoçar, a esposa falou: Porque você não paga o que está devendo? Ele respondeu: E eu devo nada a ninguém? Deve sim, pague o garrote que você prometeu a fulaninha! Acrescentou a mulher muito aborrecida.

O velho, mais ajuizado e cordato perguntou: e como foi que você soube desta historia? Ela em cima da bucha respondeu!Vi um bilhete junto com suas coisas! E o velho encerra o conversa dizendo: E o que você queria mexendo na minha cumbuca? A historia se espalhou e o nome pegou. Ainda hoje o local, embora desabitado, é conhecido por Garrote
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