VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

segunda-feira, 25 de março de 2013

003 - Do Tempo do Bumba! - Memória Varzealegrense

O  MOCOTÓ  DOS  BATISTAS - Por Mundim do Vale

O Sr. Cláudio paraíba, passou muitos anos morando e trabalhando com a família batista no sítio Mocotó.
Num ano de um bom inverno, Claudio plantou um lastro de feijão, quando o feijão estava amadurecendo, o gado dos Batistas rompeu as cercas e acabaram com o roçado.
Paraíba muito desgostoso foi até várzea Alegre para falar com seus patrões e donos do gado invasor, na intenção de receber alguma coisa, como indenização pelos estragos.
Primeiro ele foi na casa de Joãozinho Batista e contou sobre o seu prejuízo. Joãozinho lamentou o fato mas disse que o gado não era seu e sim do seu irmão Quinco Batista.
O morador foi até a casa de Quinco, contou a mesma história e Quinco respondeu:
- Mas paraíba, aquele gado não é meu não, é de Joãozinho meu irmão.
- Quinco. Eu tou pensando que aquele gado vai terminar sendo meu. Porque Joãozinho disse que é seu e você diz que é dele. Então como o gado não tem dono eu vou matar um garrote e vender o couro pra tirar meu prejuízo.
- Não faça isso que você pode se prejudicar.
- Então já que eu vou ficar no prejuízo, eu vou é morar e trabalhar com Luís Bastos lá nas Varas. Mas tem uma coisa. Eu nunca mais piso no Mocotó dos Batistas.

Fonte: Antônio Ulisses Costa.
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