O MOCOTÓ DOS BATISTAS - Por Mundim do Vale
O Sr. Cláudio paraíba, passou muitos anos morando e trabalhando com a família batista no sítio Mocotó.
Num ano de um bom inverno, Claudio plantou um lastro de feijão, quando o feijão estava amadurecendo, o gado dos Batistas rompeu as cercas e acabaram com o roçado.
Paraíba muito desgostoso foi até várzea Alegre para falar com seus patrões e donos do gado invasor, na intenção de receber alguma coisa, como indenização pelos estragos.
Primeiro ele foi na casa de Joãozinho Batista e contou sobre o seu prejuízo. Joãozinho lamentou o fato mas disse que o gado não era seu e sim do seu irmão Quinco Batista.
O morador foi até a casa de Quinco, contou a mesma história e Quinco respondeu:
- Mas paraíba, aquele gado não é meu não, é de Joãozinho meu irmão.
- Quinco. Eu tou pensando que aquele gado vai terminar sendo meu. Porque Joãozinho disse que é seu e você diz que é dele. Então como o gado não tem dono eu vou matar um garrote e vender o couro pra tirar meu prejuízo.
- Não faça isso que você pode se prejudicar.
- Então já que eu vou ficar no prejuízo, eu vou é morar e trabalhar com Luís Bastos lá nas Varas. Mas tem uma coisa. Eu nunca mais piso no Mocotó dos Batistas.
Fonte: Antônio Ulisses Costa.