REPELENTE CONTRA ABELHAS - por Mundim do vale
José Adálio da Silva ( Zé de Totô ) Era brincalhão e muito curioso, nas suas andanças pelo mundo tudo que fosse novidade, ele procurava conhecer e aprender para implantar em Várzea Alegre.
Certa vez ele andava pelo o estado do Pernambuco e por lá descobriu que graxa era um excelente repelente contra abelhas. Eu vou até repassar essa dica para o primo Nonato Souza, porque ele se mete a tirador de mel, mas não chega nem perto. Só faz mesmo é comer o mel.
Mas vamos ao causo:
Uma certa noite estavam; Raimundo Nonato Bitu, Zé Bezerra dos Correios e Galego de Pedro Gualberto sentados num banco da Praça dos Motoristas, atrás de arranjarem paqueras. O galego estava com uma camisa de manga longa com o pano passado, que parecia mais com um pastor evangélico.
Zé Adálio chegou para mim e pediu:
- Raimundim. Vá conversar com os meninos lá no banco que eu vou fazer uma brincadeira com o Galego.
Eu pensando ser uma brincadeira leve, me sentei na ponta do banco e puxei conversa.
Zé arranjou uma lata de graxa e passou nas mãos, em seguida subiu num benjamim, pegou um Boca Torta e fechou na mão, depois veio por trás do banco bem caladinho, puxou a gola da camisa do galego e jogou o Boca Torta.
Vocês imaginem o que é uma pessoa com a camisa fechada e cheia de abelhas, pois foi isso mesmo. O Galego pulou, gritou, chorou, tirou a camisa e desabotoou a calça ficando quase nu.
O Professor Jackson Teixeira que estava por perto, resolveu tomar as dores do Galego, chamando à atenção de Zé Adálio:
- Mas Zé. Como é que você faz uma coisa dessa? Se alguém fizesse com um irmão seu você não ia gostar.
- Mas não era no Galego que eu queria botar não. Foi porque as abelhas se zangaram e eu fiquei aperreado. Mais eu ia botar as abelhas era em Raimundim Piau.
- Em qualquer pessoa não deixa de ser uma perversidade.
- Mas era pra me vingar, porque Raimundim uma vez foi lá em casa e botou um gato dentro do meu viveiro.