VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

quinta-feira, 28 de março de 2013

027 - Nossas Histórias - Memória varzealegrense.


Antônio e Ribamar de seu José Budu, na seca de 1958 resolveram viajar em busca de socorro, de melhorias, visto que não colheram nada das lavouras plantadas na Serra da Macambira e, não lhes restavam outras opções. 

Venderam os últimos terém, e, com os parcos recursos conseguidos partiram no rumo da venta a procura de trabalho e salvação. 

Quando chegaram em terras do Pará o dinheiro acabou, a necessidade aumentou e a saudade de casa também, visto nunca haverem arredado os pés da terrinha.

Cada dia que passava era um suplicio. Lisos, sem perspectiva de arranjar emprego nem esperança de voltar para o seio da família. Um dia, chegou um circo na cidade em que se encontravam. Antônio, o mais velho, chamou o irmão e foram procurar emprego no circo. 

Em vão, o dono do circo dizia que já tinha a equipe completa. Ofereceram-se para trabalharem pela bóia e, pela carona nos deslocamentos do circo mundo a fora, quem sabe, um dia chegariam a Várzea-Alegre. 

Por fim foram aceitos, e, o dono do circo entregou uns tornos de ferro e uma marreta e mandou que fossem enfiando para depois amarrarem as cordas da empanada do circo.

Ribamar segurava o torno e Antônio batia batia com a marreta. Determinado momento, o dono do circo foi olhar se o serviço estava saindo a contento. 

Encontrou Ribamar dando pulos mortais pra diante e pra traz. Admirado com a habilidade artística disse: rapaz, você não é pra trabalhar aí não, você é um artista, você deve trabalhar no picadeiro! 

Antônio Budu explicou as razões dos pinotes de Ribamar dizendo: Seu Zé, é que a marreta escapuliu do cabo e acertou no saco dele.

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