VÁRZEA ALEGRE TERRA DOS CONTRASTES - Mundim do Vale
Localizada no centro sul do estado do Ceará ficou conhecida no Brasil inteiro depois do musical Contrastes de Várzea Alegre, interpretado por Luiz Gonzaga e composto por Zé Clementino. Cidade que foi tema de um documentário da Rede Globo de Televisão, por ser uma cidade alegre, fazendo assim jus ao seu nome. Cidade que por brincadeira de um grupo de agricultores do sítio Roçado de Dentro, deu partida no samba, para ser hoje, com duas escolas, MIS e ESURD, detentora do melhor carnaval do interior cearense, atraindo turista do estado e do país. Cidade de um povo que transformas as adversidades em causos humorísticos. Cidade que Jesus foi intimado, que o padre era casado, que o sobrado é no oitão, que Telha Quebrada é filho de Zé Goteira e um cego da Boa Vista morreu afogado na Lagoa Seca. Cidade que aparece nos sonhos dos seus filhos que estão ausentes, mas não esquecem jamais. Várzea Alegre dos grandes adjuntos da colheita do arroz, animados pelo grupo de Maneiro Pau e a Banda Cabaçal. Várzea Alegre que quando os filhos que estão distantes se encontram dizem:
- Ou Várzea Alegre boa só é longe! Várzea Alegre que Manoel Cachacinha criou o slogan “Várzea Alegre é natureza! E para finalizar, Várzea alegre é a cidade que só nos deixa tristes quando estamos distantes.

sexta-feira, 15 de março de 2013

003 - Memórias - Memória Varzealegrense



Em fevereiro de 1986, para controlar a inflação que atingia trezentos por cento ao mês, o presidente José Sarney anunciou o Plano Cruzado. 

Os preços foram congelados e os consumidores passaram a reprimir diretamente a remarcação nos supermercados e em outros estabelecimentos varejistas. No peito, a população usava bottons com o título Fiscal do Sarney.

Apesar da euforia inicial, o plano não chegou sequer ao fim daquele ano. A inflação voltou com muita força e a carestia tomou conta dos produtos, inclusive dos que formavam a cesta básica.

No carnaval de 1986, em Várzea Alegre, interior cearense, logo após o lançamento do plano econômico, eu, recém-aprovado no vestibular, desfilei pelas ruas nos blocos de "sujo da cidade" bem atrás da animada bateria da Escola de Samba Mocidade Independente do Sanharol.

A minha fantasia era simples e inspirada pelo efusivo e fantasioso momento econômico que o país vivia. 

Com um cordão amarrado ao dedo, puxava um carrinho de plástico(fusca)  e no pescoço trazia uma folha de cartolina com a seguinte frase:

"Obrigado, Sarney. Já pude comprar um fusca".

Flávio Cavalcante do Pedra de Clarianã

Um comentário:

  1. Adorei! A foto completa e confirma a história contada recentemente no blog Pedra de Clarianã. Abraços.

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